Cozinhar sempre foi a minha paixão e cada vez tenho menos dúvidas sobre isso. Sempre que cozinho cá em casa, vou fazendo experiências, experimentando novos métodos e novas receitas.
Confesso, no entanto, que consigo ser trapalhona. Se a receita pede um ingrediente que eu não tenho, procuro logo substituir por algum que tenha por perto e que me pareça que fique igualmente bem.
Desde que entrei na Escola, para além de todos os métodos de corte, confecção e receitas deliciosas, aprendi (ou ainda estou a aprender) dois pilares muito importantes: rigor e disciplina.
Especialmente na pastelaria não há espaço para o "mais ou menos", substituições, confusões ou invenções. Na pastelaria, toda e qualquer grama faz a diferença.
E esta característica da aldrabice e do desenrasca que me define está a ser trabalhada com toda a força e vontade.
A disciplina também tem sido bem vincada ao longo destes dias. Organização e método são as palavras de ordem para que o trabalho em equipa funcione sem precalços.
E tem que ser assim. Em três semanas já se acumulou uma resma de documentos e matéria. O estudo tem que ser diário se não queremos deixar o comboio passar e ficar no lodo.
Ficar no lodo uma expressão muito usada na cozinha quando estamos atrapalhados e sem saber o que fazer.
Ficar no lodo uma expressão muito usada na cozinha quando estamos atrapalhados e sem saber o que fazer.
E no meio de todos estes valores e regras a entrada na cozinha é sempre feita com um sorriso, porque quero muito ali estar, e a saída, ainda que esteja mais cansada, é acompanhada com a vontade de voltar.